Silêncio que fica!
Palavras entaladas
Na garganta sem rima
Adocicadas e sentidas
E às vezes insanas...
Palavras não ditas
Cartas não escritas
Pensamentos engolidos
Pra tentar esquecer
O que não pôde ser
Em tom cinza
Enfraquecida, largada
No canto da memória
Esquecida...
E na mente inquieta
Com a pressa do tempo
Fica gritante e então passa
Sem viver a vida
Sem o som das palavras
Neste silêncio que passa
E a lua, no fundo da casa
Fala em um instante e se cala
Com tudo guardado
Dentro da boca fechada
Vê tudo que passa,
Sente tudo que ouve
Mas o que cala
É o que grita
E não passa...
Vira pedra doída
Neste silêncio que fica
E não passa
Não! Não passa...
DúKarmona®
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