3 de outubro de 2015

Silêncio que fica!




Silêncio que fica!

Palavras entaladas
Na garganta sem rima
Adocicadas e sentidas
E às vezes insanas...

Palavras não ditas
Cartas não escritas
Pensamentos engolidos
Pra tentar esquecer
O que não pôde ser

Em tom cinza
Enfraquecida, largada
No canto da memória
Esquecida...

E na mente inquieta
Com a pressa do tempo
Fica gritante e então passa
Sem viver a vida
Sem o som das palavras
Neste silêncio que passa

E a lua, no fundo da casa
Fala em um instante e se cala
Com tudo guardado
Dentro da boca fechada

Vê tudo que passa,
Sente tudo que ouve
Mas o que cala
É o que grita
E não passa...
Vira pedra doída
Neste silêncio que fica
E não passa
Não! Não passa...


DúKarmona®

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