Pensamento ... ( XXXVII )
“ Depois de tanto relutar, ela chegara de lugar
nenhum
Não tão despida, inteira, quanto deveria,
mas quem
sabe aos poucos iria se abrindo, soltando...
Ao fundo uma música bem tocada
Que fez entender o que lhe doía, o que lhe tirava
o sono
Sem ouvir o som do seu peito, sem perceber estar
quase morrendo...
Adiantou: amo tudo que tenho, mesmo sem esse
‘tudo’ às vezes não me esperar...
Não adiantava ficar ali mostrando o que lhe doía
nesse desespero
Ver a vida ir assim há dias... Em horas...
E sentir os últimos minutos vividos bem à sua
frente!
Isso doía, mas não poderia ser fraca e estendeu os
braços para as lágrimas incessantemente jorradas... Pela vida ida...
Por tudo intacto, pela dor sentida até o fim...
Isso tudo doía, sangrava.
E estava virando pedra dolorida por não conseguir
exteriorizar, entender
Sentir um mundo inteiro bater no peito dolorido e
pequeno diante de tanta dor...
Por isso pensava em ser pedra, sem dor...
Não virar pedra, ‘ser’ pedra...
Para não sentir tudo isso doer em tudo que via...
E não existir ouvidos para lhe ouvir, ouvir toda
sua vida...
Esse mundo de contradições... Que deixara esse nó
na garganta e sua boca muda...
Queria voar em direção àquele lugar... E ir até o
fim
Tirar essa dor que aumenta cada vez que assiste às
atitudes alheia,
nesse mundo de faces...
Não quisera razão e sim o seu sentir tantas vezes
sem graça a todos que a rodeavam
Às vezes pensava em desistir, deixar-se ir, voar
ate aquele lugar...
Então aquele olhar brilhante, ingênuo, com futuro
imenso...
Vontade de proteger de tudo que viria...
De todas as maneiras protegê-la...
Desde então e pra sempre...
Foi aí que pegou o que mais estava guardado,
Guardado para si e sorriu... “
Dú♥Karmona®
Apesar de as vezes não entender muito (por minha "leiguice")..rsrs... Eu adoro ler e imaginar os sentidos dos seus textos. Você é um super talento e te admiro muito! =)
ResponderExcluirQue seu Natal seja, principalmente, de ternura e poesia!!
ResponderExcluirBeijo ternurento
Clau Assi