Ela sabia onde poderia estar... Somente lá ela poderia gritar ou dizer o que tanto queria E até dizer 'não', quando quisesse Somente lá poderia 'ser' poderia 'dizer' poderia 'sentir' o 'teu sorrir' ou o 'teu sofrer'... E 'permanecer', sempre quando quisesse mas para isso teria que conhecer a 'solidão' e assim foi, entre escolhas... ficou!
Não sei ao certo para onde foi Mas sei por que veio... Foi meu grande farol Eternizando uma luz no meu caminhar... Em minhas escolhas, Foi grande, forte E herói... Foi meu Jesus Fez minha fé Sanou meus medos... Meus pesadelos E até meus pecados... Meus erros criticados Mas no fundo compreendidos... Tudo que quis desde o começo E o que quis até o fim... Pai, ainda sou tua menina! Não é mais palpável... Mas ficou no meu abraço Em meus tantos segredos Contados e vividos... Não são cômodos vazios, Pensados, em ecos gritantes Que te eterniza... É a voz forte que ainda ouço E me dá a direção Que trepida em meu peito... Teu sangue que corre em minhas veias! Tantos olhares trocados Sentidos, ouvidos e açucarados... Virou pingos de estrela, Deixando luz no meu caminhar... Não sei para onde foi ao certo Mas, Pai, sei que ficou...
Entre o tudo que mudou de lugar
e o mundo que sabia existir,
mas tão longe de ser,
voava sem caminho.
Voava, para tão mais além...
E em seu interior, aquela voz feito canção
perpetuou, sentida!
E sem estar, sem permitir, ficou!
Ficou misturada entre metades inteiras...